Há muita gente que não pode deixar passar uma observação. É um impulso incontrolável, às vezes chegando às raias da inconveniência. Outras tantas, parecem deixar patente uma pontinha de inveja, um sentimento de inferioridade. Seja lá o que for, pode acontecer. Estamos falando daquela pessoa, querida ou não, que ao defrontar-se com a nossa biblioteca não resiste à tentação e pergunta se já lemos aquele montão de títulos. Ora, realmente, é humanamente impossível que alguém possa ser afirmativo. Quase sempre a resposta é exatamente aquela que o interlocutor não esperava ouvir:
- Não, não li todos os livros... Mas, lhe asseguro que os não lidos foram consultados.
O sorriso, que mais parece de decepção, toma conta do rosto indigente e olhar quedo.
Marco Antonio de Cádiz
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