A INJUSTIÇA UM MAL SEM CURA

Próximo para se comemorar, todo o dia é da eterna Injustiça, mãe da corrupção e de todo o mal da humanidade.

A injustiça é uma desgraça. Se houvesse uma nódoa na Criação, essa seria a da injustiça. Não podemos descansar um só instante, estamos “sempre alerta”, como escoteiros, de atalaia, olhando de soslaio para este mal, insondável quanto mais procuramos a razão da sua aposição no cenário da tragicomédia humana. Não podemos calcular, por mais que nos esforcemos, o dano causado por esse instinto mesquinho, impeditivo, genocida, aposto no âmago da alma humana. O mundo, por inteiro, se ressente das investidas desse mal que mina os organismos e mumifica a dor através dos tempos.

Em nosso país, infelizmente, ela, a injustiça, medeia toda a trama do tecido social, incorrendo nos governos, em perdas sucessivas de batalhas que poderia ganhá-las, exatamente contra esse monstro de enésimas fácies que atormenta o homem e o reduz a mero traste diante da impotência crônica do fazer ou não fazer, patologia que se acerca, cada vez mais, do povo brasileiro, atônito com as investidas sucessivas e lépidas dos escândalos - dejetos dela, a injustiça - que envolvem a ética e a moralidade, virtudes intrínsecas da alma.

Para qualquer lado que se olhe, na rua ou mesmo no campo, na varanda, na sala, nos salões de recepções, ou na cozinha, a Injustiça campeia. É o mal mais presente entre nós, alastrado e arraigado em toda a sociedade, nos estamentos e até nas organizações religiosas.
O Judiciário, como em todo o mundo, procura "suavizar” a intromissão impertinente dessa mancha encardida, sem lograr êxito no fechar das contas. Pelo contrário, o Judiciário vive imerso em injustiças, com as exceções escassas, o que se constata de todo ângulo.
Ela é um câncer persistente, imune à totalidade dos específicos. É virulenta, deslumbra e forma os caracteres mais abomináveis. É hereditária e faz sucessores.

A qualquer dia, a qualquer hora, ali está ela disposta, expedita, pérfida, diligente no trato com o que a nutre, auditora pragmática, monocrática, à espera do incauto para arremessar-lhe os seus opróbrios, as suas maquinações para o triturar.

Alimentada, ora pela ambição, ora pela pecúnia, visivelmente, sempre juntas, ora por mero diletantismo, ela destrói personalidades, famílias, parentescos, amizades, crenças, ideais, enrascando a própria alegria de viver. Não se pode descurar no seu trato. Haveremos de combatê-la, sempre, com “animus” e persistência. E, o pior, ela medra ao lado da Justiça, assim como a erva daninha – o joio – ao lado do trigo. É corruptora por excelência, e, por causa disso, com a corrupção não se estranha, e, ao seu lado, fica confortável e presunçosa.

Quem já foi alvo de injustiças, sabe muito bem o quanto elas podem acordar e arremessar, sobre o homem, os enxames esfogueados, que agem protegidos por uma esfera enlameada, que se escora por entre o aconchego das proteções tendenciosas.

Acredite-me, a injustiça é muito pior que a ignorância, pois, os males desta não têm, necessariamente, o fito em nos causar mal extremo. Aliás, as traquinices da ignorância não se igualam às transgressões desumanas da injustiça.

Fel e vinagre, eis a composição orgânica da injustiça; estrume, eis a sua derivação fisiológica. Mas, as suas garras estão fincadas no centro da Terra... Radicadas! Os seus tentáculos envolvem o planeta num falso abraço e o sufoca tenazmente... É a musa dos infernos, a mamba negra dos destinos! Vizinha inimiga da felicidade e a antítese do altruísmo. A violência maior.

Luís da Velosa

Um comentário:

farriahyantz disse...

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